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Um dia (artsy) na mostra de Ai Weiwei

Foi demais! A convite da Amsterdam Sauer, fomos a São Paulo para ver a primeira exposição do artista chinês Ai Weiwei no Brasil, intitulada “Ai Weiwei Raiz”, que acontece até 20 de janeiro na Oca. Era uma visita especial, guiada pelo João Paulo de Siqueira Lopes,  da Art Consulting Tool.
Artista conhecido no mundo todo como um dos mais importantes da arte contemporânea, Ai Weiwei se autodenomina um ARCTIVIST (uma brincadeira com as palavras artista e ativista).
Atualmente, Ai Weiwei mora em Berlim, na Alemanha, pois já teve seu ateliê destruído três vezes na China. A razão? Uma das principais temáticas do seu trabalho é uma crítica voraz ao governo do país. Suas obras sempre trazem referências à cultura chinesa, como o crisântemo, o panda, a jade e a madeira. Outro elemento muito presente é a questão dos refugiados pelo mundo.
E tudo isso a gente pôde ver nas obras que estão na mostra da Oca, com curadoria de Marcello Dantas. Uma de suas obras mais icônicas, a “Dropping a Han Dynasty Urn” (deixando cair uma urna da Dinastia Han), veio ao Brasil. Trata-se de uma sequência de três fotos (imagem que abre esse post) que mostra a urna sendo intencionalmente jogada no chão. Detalhe: trata-se de um objeto de culto, pois estas urnas eram usadas em cerimônias há cerca de 2000 anos na Dinastia Han. Para fotografar a cena, Ai Weiwei conseguiu comprar algumas urnas, mas outras foram pintadas.

A obra “Sunflower Seeds”

Difícil escolher a obra mais impactante entre as que vi, mas a “Sunflower Seeds” (2010) é impressionante pelo número de “sementes de girassol” feitas de cerâmica e pintadas uma a uma por 1600 artistas.

F.O.D.A., obra inspirada no Brasil

Entre as obras inspiradas no Brasil, me chamou a atenção “F.O.D.A.”, que está à venda pela ArtEEdições e é composta por uma fruta-do-conde, uma ostra, um cacho de dendês e um abacaxi.

A obra “Forever Bicycles”

Por fim, para fechar com chave de ouro, na saída da exposição está a obra gigante “Forever Bicycles”: são 1254 bicicletas que representam o trabalho autômato na China. Afinal, se não criticasse o governo chinês até o último minuto, não seria Ai Weiwei, né?

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