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Foi só o Uber anunciar que já está testando carros sem motorista como parte de sua rede para o mundo entrar em polvorosa. Aí, na semana passada, a companhia de pesquisa e análise americana Forrester divulgou um estudo que confirma o que a gente já desconfiava: até 2021, ou seja, não custa reforçar, dentro de 5 anos, os robôs terão eliminado 6% dos empregos dos Estados Unidos, começando por representantes comerciais e passando por taxistas e motoristas de caminhão.

É para perdermos os cabelos de preocupação? Não, segundo JP Gownder, analista de infraestrutura e operações profissionais da companhia. “Em um panorama amplo, o futuro dos empregos não é tão sombrio quanto algumas pessoas preveem. Na verdade, a automação vai gerar novos empregos, inclusive categorias completamente novas de trabalho. Mas o maior efeito será que os humanos vão passar a trabalhar ao lado de robôs. Os líderes de infraestrutura e operações deverão estar à frente de ações como escolher, pilotar, implementar e avaliar essas tecnologias”, explica.

O jornal britânico The Guardian explica que a maior mudança recente neste sentido é que os novos sistemas de robôs conseguem entender o comportamento humano e tomar decisões no nosso lugar, vide os assistentes virtuais  Alexa, Cortana, Siri e Google Now. “Por enquanto, eles são bem simples, mas nos próximos cinco anos vão se tornar muito melhores em tomadas de decisões em cenários complexos, o que vai permitir adotarmos em massa, por exemplo, os carros sem motorista”.

O jornal alerta ainda para a importância de políticas públicas que fomentem um aprendizado e treinamento massivo de habilidades técnicas, antes que seja muito tarde. “Já estamos competindo hoje por poucas vagas de emprego, e se o mercado agir sem intervenção, não teremos meios de controlar este remanejamento profissional”, conclui.

E você? Está pronto para esta transformação?