O The Elders é um grupo independente de líderes globais que trabalha pela paz e pelos direitos humanos. Além da causa, que é supernobre, o interessante é a formação do grupo: do Nobel da Paz Desmond Tutu a Mary Robinson, primeira presidente mulher da Irlanda, passando por Ricardo Lagos, ex-presidente do Chile, e por Fernando Henrique Cardoso.
Detalhe: o conceito nasceu de uma conversa entre o megaempresário Richard Branson e o músico Peter Gabriel, que pensaram: muitas comunidades procuram por seus idosos (elders, em livre tradução do inglês) para buscar orientação ou para ajudar a resolver disputas. “Em um mundo cada vez mais interdependente”, pensaram, “grupos pequenos e dedicados de indivíduos poderiam usar sua experiência coletiva e sua influência para ajudar a resolver alguns dos maiores problemas que o mundo enfrenta hoje”. Eles, então, procuraram Mandela e tiveram seu apoio. Lançaram o grupo em julho de 2007.
Até hoje, eles se reúnem duas vezes por ano para traçar metas, discutir prioridades e planejar sua atuação, resolvendo conflitos em países como a Argélia, empoderando as mulheres e tomando decisões semelhantes em conjunto. Como o grupo não arrecada fundos, a forma de participar é fazendo a diferença no seu entorno. Ou, nas palavras de Kofi Annan, “Sempre me perguntam o que as pessoas podem fazer para se tornar bons cidadãos globais? Respondo que começa em nossa própria comunidade”.