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21 Graus

Vitória além do placar


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Uma frase muito comum no mundo dos negócios merecia mais atenção dos brasileiros: o único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. Algu
mas vezes, inclusive, ele aparece disfarçado de fracasso. De certa forma, foi o que aconteceu ontem na Copa Davis, no jogo sensacional entre João Souza, o Feijão, e o argentino Leonardo Mayer. Afinal, enfrentar o vigésimo-nono do mundo na casa dele, com a torcida contra, na quadra escolhida pelo time da Argentina não era tarefa fácil. Mas como costuma ocorrer em vários esportes e principalmente no dia a dia, os resultados das nossa ações normalmente não são diretos como uma posição no ranking. E Feijão valorizou demais a vitória de Mayer. Não por acaso, o jogo de ontem foi o mais longo (de simples) da história da Davis. 

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A postura do tenista brasileiro é exemplo para qualquer pessoa – esportista ou não – que esteja em situação de entender que o sucesso só vem depois de muito trabalho e que situações como o jogo de ontem são um valioso capítulo de uma longa jornada que o atleta tem em sua carreira. Como todos nós. Sem desistir em nenhum momento, indiferente à provocação da torcida adversária e aproveitando da melhor forma as fraquezas do oponente, Feijão agora sabe que pode jogar de igual para igual contra um top 30 do mundo.

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A reação foi unânime, tanto dos cronistas esportivos quanto do público nas redes sociais: especialistas e torcedores esbanjando orgulho pelas 6 horas e 43 minutos de batalha. Num país que não costuma valorizar qualquer feito que não seja o topo do pódio, um novo ídolo nasce num ambiente mais realista e de admiração de postura, atitude e um talento que vai muito mais além dos números de um placar. 

 

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