Sim, eu fui pra lá de Marrakesh. Acabo de voltar de uma viagem bem especial pelo Marrocos e estou cheia de novidades. Fiquei muito contente com a oportunidade de fazer um roteiro promovido pela Cynhtia Camargo e pelo professor João Braga, que conheci há 17 anos no curso de pós-graduação da Faculdade Santa Marcelina.
Marrakesh foi uma experiência única: uma combinação de cores, sabores e aromas que tem como pano de fundo um povo religioso que preserva seus costumes. Entre eles, as cinco chamadas para as rezas todos os dias, as tatuagens de henna, a caligrafia árabe, a música, os caftãs e as jelabas. Destaque para os fazeres manuais, como a maroquinerie (a arte de trabalhar o couro), os bordados e o artesanato em geral.
A cultura do Marrocos é acolhedora: a gente se sente à vontade ao tomar um chá de hortelã e observar o ritual ao servi-lo. É incrível como, mesmo fazendo 38º C, a bebida refresca. Os gestos de carinho e amizade também chamaram minha atenção: ao se cumprimentarem na rua, efusivamente, os homens dão dois beijos no rosto um do outro. Bem diferente do Brasil, né?
Mas vamos ao meu Top 5 Marrakesh, de lugares – e compras – que você não pode perder quando estiver na cidade:
1. O Museu Yves Saint Laurent
O ponto alto para mim, claro. O museu abriu as portas no ano passado e eu estava bem curiosa para conhecer. Como todo espaço de exposição francês, é de alto nível. Desde a cenografia, passando pela música ambiente dramática e terminando na disposição das peças do acervo… é de tirar o fôlego!
2. Tapetes Mágicos
Os tapetes do Marrocos são usados para tudo no dia a dia da população: viram “mala”, cobrem o chão, as paredes e tetos, viram roupa e suporte para oração. Aliás, o Museu dos Tapetes é riquíssimo e mostra essa cultura com detalhes.
3. O azul Majorelle
A tonalidade é baseada no azul dos tuaregs, visto que as tribos por lá têm cores e características distintas e se referem também a gênero, como os turbantes dos homens. Se for comprar alguma peça decorativa por lá, fique com esse tom de azul.
4. Moda & Beleza
Percebi nas ruas muitos homens usando modelos saruel, aquelas calças com gancho bem baixo e amplo entre as pernas, que parece ter tecido sobrando. Também vi muitos vestindo a jelaba, que é uma túnica usada por cima de calça e camisa.
Nos pés, as babuchas, sapatos típicos que eles usam pisando na parte do calcanhar. A cor mais usada no street style de Marrakesh é o amarelo, que representa para eles a condição de humildade e finitude do homem. Por fim, não podia deixar de comentar da quase onipresente barba, que é um código de masculinidade, associado à Maomé.
5. Banho de Hammam
Os turistas amam, mas também é obrigatório para os praticantes do islamismo, pois representa um banho de purificação.