A SPFW- São Paulo Fashion Week, que aconteceu na última semana em São Paulo, trouxe em sua edição N.41, treze marcas masculinas para desfilarem suas coleções primavera-verão 2016/17
Selecionamos algumas imagens de todas as marcas e comentamos o que trouxeram de mais importante, como referência, cartela de cores, corte, estilo, etc.
O que mais chama atenção atualmente no moda é o “see now buy now”, movimento no qual o consumidor final pode comprar o que acabou de ver nas passarelas, parece a solução comercial das marcas, mas não é tão simples, uma vez, que esta ação requer planejamento, estratégia e execução bem diferentes do que acontece hoje, além de muito dinheiro e profissionalismo para alinhar os momentos de show e de entrega.
A verdade é que a cada semana de moda, a expectativa fica aguçada e esperamos sempre por novidades, mesmo que o momento político e econômico-financeiro não sejam nada convidativos. Desejamos ainda, que o segmento masculino no Brasil cresça e apareça.
Fause Haten apresentou a ousada cor rosa, franjas, metalizado, brilho, couro e texturas nas calças, bermudas, blazers, jaquetas, colete alfaiataria , camisetas, camisetas e tênis; com uma pegada esportiva forte.
A UMA é urbana e minimalista e trouxe como proposta, tecidos naturais como algodão, linho, sarja em preto que não desbota- por mais que se lave.
A modelagem é mais ampla e confortável, também em calças curtas. Zíperes, barrados e punhos trazem as peças para o mundo das roupas esportivas. As cores são neutras. Os tênis são sempre objeto de consumo, desta vez são de cano alto e sem cadarço.
Ronaldo Fraga e sua consciência social traz para passarela muito mais que moda, traz estórias de vida, memórias e o tema mais que atual, a dos refugiados, que também desfilaram peças feitas de tecidos naturais, em cores naturais e leves. Com modelagem mais ampla, as peças trazem conforto e algo de familiar, de cada um, como se fosse mesmo de quem as estava usando.
Os acessórios parecem amuletos, os óculos sempre são destaque em forma e cor e nos pés, chinelos.
A Osklen reforçou o seu DNA como balneário sofisticado e descolado em qualquer lugar do mundo. Para isso, mostrou uma coleção com estampas tropicais, florais e misturadas em tecidos naturais como seda .
Na proposta, as camisas estampadas podem se usadas junto com calças ou bermudas, parecendo pijama mesmo ou combinadas com peças lisas.
Há também as peças de roupa lisas em tecidos frescos como algodão e linho.
O destaque é a mule (sapato aberto no calcanhar- como se fosse um chinelo do vovô) feito de pirarucu. Um acerto!
Vitorino Campos traz para sua coleção, o azul de Yves Klein e o estilo sem gênero.
Na modelagem bem ampla, que sugerem relax, tem amarrações e sobreposições.
Podemos ver jeans com lavagens claras, tricôs, maxitricôs- destaque para o azul klein, bermudões, camisetas brancas e gola alta.
Os metalizados e o modelo do tênis dão um ar futurista.
As características do estilista Alexandre Hertchcovitch apareceram forte no desfile da marca À Lá Garçonne, de seu marido Fábio Souza.
Na proposta da coleção, foram mostradas as cores: preto, azul e tons terrosos.
Os tecidos em destaque são: neoprene, lona de algodão reciclada.
A modelagem mais ampla, trouxe o Tema náutico, xadrez, bordado, risca-de-giz, pelo, listras, e o tênis Converse reinou.
João Pimenta apresentou peças estruturadas baseadas no uniforme militar, com grafismos, listras, assimetrias, estampas aplicadas, telas e texturas em casacos, jaquetas, camisas, calças , bermudas e até saias e vestidos.
Os coturnos são o contraponto nos looks que sem gênero, que o estilista vem trazendo há algum tempo.
As sobreposições de peças são ponto forte também.
Realmente, a mais comentada das coleções é demais! Murilo Lomas trouxe uma coleção esportiva com qualidade e elegância.
Em sua proposta, apresentou roupas em tecidos como seda com viscose, linho, couro, tricô e nylon, todos agradáveis ao toque.
As estampas são especialmente aplicadas nas bermudas, calças, camisas, bordas das peças e tem um ar de praia internacional.
Calças, bermudas, camisas, camisetas, pólos, sungas e até jaquetas de couro com cara de conforto com ar sofisticado.
Nos pés, espadrilles (alpargatas) lisas e com franjas (tassels).
Muito ousado, Amir Slama mostrou a proposta de moda praia com sungas bem pequenas com características do mundo fitness. A transparência e recortes estratégicos também aparece em bermudas e calças, além das sungas.
A GIG cujo forte é o tricô, estreia o masculino da marca também em tricô. Coloridos e estampados que aparecem nas calças, bermudas, blusas e polos. Bem diferente!
A Ratier Clothing continua firme em sua proposta urbana e sem gênero.
Estampas e padronagem geométrica e tons terrosos foram bastante vistos. As peças são versáteis e ordem ser usadas entre si.
O corte mais geométrico, bem como os recortes e padronagem das roupas vieram da inspiração Bauhaus (movimento modernista).
A marca Cotton Project tem a cara esportiva e de praia. Sua roupa é confortável e despretensiosa, acima de tudo jovem.
A proposta é jeans, camiseta e casacos, feitos em malhas e atoalhados, jaquetas bomber, casacos tipo e cor militares.
As estampas abstratas e florais, as listras, as calças com cadarços remetem novamente à praia.
Ellus e sua praia urbana traz estampas florais; brilho, bordados, metalizados, flúor, tecidos tecnológicos, cetim, sarja, couro, malha de algodão e jeans.
Surge com corte mais amplo e bermudas mais longas. Seu estilo é esportivo e utilitário com bolsos e velcros nas barras das calças, jaqueta bomber, jaqueta de couro perfecto sem mangas (acho que são removíveis).
E nos pés sandália birken e tênis estampados
Fotos Fonte: FFW Zé Takaschi – Ag Fotosite
Relacionado