Nascido na Austrália e radicado na Grã-Bretanha, o hiperrealista começou a trabalhar com efeitos especiais em produções audiovisuais, nos anos 1980. Os bonecos de programas infantis (e filmes como Labirinto, com David Bowie) acabaram despertando no artista essa habilidade na escultura, com o uso de materiais como fibra de vidro e silicone, que até hoje ajudam Mueck a criar imagens impressionantes, inspiradas também em histórias em quadrinhos, fotos jornalísticas e obras clássicas.
Na exposição em cartaz no MAM do Rio até o dia 01 de junho, três esculturas novas são expostas pela primeira vez. O contraste do hiperrealismo das esculturas com suas proporções nada parecidas com as humanas reforçam o impacto da obra de Mueck, aclamado como o artista que revitalizou a escultura figurativa contemporânea. Seu auto-retrato é um dos destaques.
Além das esculturas, a mostra apresenta um documentário produzido para uma exposição na Fondation Cartier, em Paris, que apoia o evento. Still life: Ron Mueck at work, de Gautier Deblonde, visita o escultor, geralmente recluso, em seu ateliê, revelando o seu processo criativo.