Um dos maiores gênios do século XX, o matemático morreu num acidente nos Estados Unidos. O táxi em que estava com a mulher, Alice, tentou uma ultrapassagem mal sucedida e o casal, que estava sem cinto de segurança, foi atirado para fora do carro, não resistindo aos ferimentos. Um fim triste e melancólico para uma trajetória magnífica, retratada no filme Uma mente brilhante, vencedor de quatro Oscars em 2012. Mais do que por prêmios – e no caso de Nash eles incluem um Nobel – a história dele é vitoriosa principalmente pela superação dos próprios demônios, como o filme estrelado por Russel Crowe mostra com intensidade.
Esquizofrênico, Nash foi internado diversas vezes, chegando a ser submetido a terapias de choque. A carreira do jovem cientista ficou interrompida por décadas em decorrência da esquizofrenia. Segundo relato do próprio, sua recuperação ocorreu a partir do momento em que ele decidiu racionalmente se libertar dos sintomas da doença, controlando suas alucinações nos anos 1980.
Nascido em 1928, filho de um engenheiro elétrico e uma professora, John Nash estudou engenharia química antes de ser convencido a se mudar para a matemática por um professor. Em Princeton, concluiu seu doutorado com uma tese que viria a ser o embrião do seu insight sobre a teoria dos jogos, que acabou sendo chamado de “equilíbrio de Nash”. A cena abaixo mostra o momento em que ele chegou a essa conclusão revolucionária.