Quase 24 horas após o anúncio, ainda é difícil acreditar nesta morte trágica. O ator que marcou diversas gerações principalmente fazendo rir e pensar preferiu não continuar vivendo. Em choque, colegas e fãs lamentam e relembram os grandes momentos desse intérprete excepcional.
Seja como o professor que abriu a cabeça dos jovens de Sociedade dos poetas mortos, o médico que humanizava o tratamento de crianças doentes em Patch Adams, o pai que fazia de tudo para ficar perto dos filhos em Uma babá quase perfeita ou ainda como os herois infantis Popeye e Aladin, Robin Williams era sempre o destaque de qualquer filme de que participasse. Assim como o Philip Seymour Hoffman, com quem aliás contracenou em Patch Adams, imprimia qualidade a qualquer que fosse o trabalho, por pior que fosse o filme. Triste coincidência perdê-los no mesmo ano, ambos por problemas ligados ao peso da própria existência. Assim como Hoffman, Robin Williams tinha problemas de dependência e recentemente interrompera uma longa abstinência. E, no seu caso, havia o agravante da depressão.
Outra ironia do destino são as citações ao suicídio em diversos filmes de Williams. No mais recentes deles, The world greatest dad, ele diz uma frase tristemente profética que, infelizmente não o convenceu: o suicídio é uma solução definitiva para um problema temporário.
De Nova York, Marcia Hamaoka registrou a reação da imprensa local à morte desse grande artista. Tristeza, saudade e diversas homenagens a um ator inesquecível.