Poucas marcas do mundo podem se vangloriar de completar 160 anos. Imagine então fazendo “apenas” chapéus. Digo apenas porque os chapéus da italiana Borsalino são itens de artesanato sem igual no mundo, com valores que variam entre 200 a 740 euros, nos modelos masculinos.
Eu tive a oportunidade de visitar a loja-conceito da marca em Milão, perto da Via Montenapoleone e fiquei surpresa ao ver a variedade disponível: eles produzem de maneira artesanal – como você pode ver nas fotos que abrem este post – 2 milhões de chapéus por ano!
A decoração da loja lembra o sul da Itália, com Vespas coloridas e, nos fundos, tem um pátio onde fazem as peças especiais, usadas em desfiles e filmes. O modelo mais icônico é o usado por Humphrey Bogart no filme “Casablanca”, mas os chapéus da marca conquistaram estrelas, de Hollywood a Cinecittà.
Para celebrar seus 160 anos, a marca conta sua história – que passa por curiosidades como o formato do clássico modelo “Borsalino” (que feito em uma palha especial ganha o nome Panamá e, feito em feltro, se chama Fedora). Sabe aquele “amassadinho” nas laterais do topo do chapéu? Ele nasceu de maneira espontânea, graças ao uso. É o gesto gentil de tirar o chapéu para cumprimentar os outros que deu aquele formato ao acessório.
Sinônimo de chapéus elegantes, a Borsalino nasceu em 1857 da criatividade de Giuseppe Borsalino, que trabalhou na fábrica de chapéus Berteil, em Paris, e depois de sete anos de aprendizado se tornou mestre artesão de chapéus. Voltou, então, para sua Itália natal e abriu sua própria fábrica. Só o que ele não sabia é que hoje, 160 anos depois, a marca ainda é uma das mais icônicas do universo da moda.