Oi, gente, tudo bem?
Como eu já falei aqui, a Pitti Uomo é a maior e mais importante feira de moda masculina de cunho internacional, que acontece duas vezes por ano em Florença, na Itália. Eu estive na 90ª edição, esta semana, e percebi que o número de participantes aumentou – dado que confirmei no site da Pitti: eram mais de 20.500 compradores. São tantas informações bacanas que você vai acompanhar aqui, no 21 Graus, durante as próximas semanas… todas as novidades e marcas que descobri por lá, as tendências de comportamento e os movimentos da moda que estavam por todos os cantos da cidade italiana. Não deixe de acompanhar, pois vou falar sobre grifes como a Adriano Meneghetti e a Thomas Mason, sobre os acessórios da Tateosian e, claro, sobre o que rolou nas passarelas e como você pode trazer isso para o seu dia a dia.
Para começar a temporada Pitti Uomo aqui no site, eu conversei com o Fabrizio Rollo, designer de interiores, trendsetter e diretor criativo, que é um ícone de elegância masculina no Brasil. Colecionador de sapatos, ele estava usando um par que pertenceu a Yves Saint Laurent (com o qual o estilista foi ao casamento de Loulou de la Falaise, por sinal!) e também uma bermuda clara, uma camisa de seda sob medida e um lenço tingido com a técnica japonesa Shibori, em nó simples, bien sûr, quando cruzamos por acaso nos corredores do evento.
Chamado com frequência de dândi, Fabrizio não é, porém, um dândi qualquer: além de se vestir com muita personalidade e ter um grooming (também conhecido como penteado) perfeito, é fino, educado e gentil. E topou prontamente conversar comigo para fazer um balanço do Pitti Uomo. A entrevista você confere agora:
Fabrizio, quais são suas impressões do evento?
O Pitti é sempre uma surpresa e é interessante pesquisar não só o que as empresas e marcas estão apresentando, mas o comportamento das pessoas que frequentam o Palazzo.
Que movimentos de moda você percebeu esta semana?
Com um olhar apurado, você consegue perceber que as tendências são mostradas e estão por aí nas pessoas e as grandes marcas pegam destas pessoas uma maneira de usar. Muitas vezes, pequenas empresas estão lançando tendências e as grandes marcas olham para elas. Existe um universo bem amplo para explorar neste oceano de informações do Pitti.
Fale um pouco sobre estas marcas menores.
Eu particularmente gosto de pesquisar as japonesas. São espetaculares, não só na qualidade, mas no estilo. Elas têm uma visão de extrema modernidade, que não é o meu estilo, mas é o japonês que se inspira na década de 30 e tem uma visão de apuradíssimo gosto.
O vintage é uma tendência de comportamento?
Sim. Não tem nada mais atual que o look vintage, que pode ser de verdade – com peças antigas reloaded – ou artificial, que pareça vintage. Mas é importante entender que é uma referência e tomar cuidado para não ficar caricato. Vale observar que isto está tomando conta das pequenas marcas, que estão mais próximas da realidade e, em breve, estará em quase todas as grifes.