E chega ao fim no domingo a award season do cinema com o ápice dos red carpets: a festa do Oscar. Mesmo criticado e com as escolhas sempre questionadas, esse é o prêmio mais almejado pelos profissionais de Hollywood, mesmo que eles não admitam. Afinal, a escolha da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood é a que mais dá prestígio e isso vale milhões. Este ano, a festa será apresentada por Neil Patrick Harris, que estreia no posto com o desafio de entreter a elite do cinema e os milhões de espectadores do mundo inteiro que acompanham pela tv com a dose certa de humor e ritmo.
Mas o desafio que interessa é mesmo o que começa com o primeiro “and the Oscar goes to…”. O prazer mórbido de acompanhar a cara de paisagem que os perdedores fazem é quase mais divertido que torcer pelo preferido. No caso dos atores principais, a briga será entre Bradley Cooper (no papel título de Sniper americano), Steve Carell (como o treinador ensandecido de Foxcatcher), Michael Keaton (o único personagem fictício da disputa em Birdman), Benedict Cumbertatch (no papel do herói de guerra off-front Alan Turing em O jogo da imitação) e Eddie Redmayne (como Steven Hawking em A teoria de tudo).
Entre os coadjuvantes a briga fica com JK Simons (o professor de bateria furioso de Whiplash), Mark Ruffalo (o irmão de Mark Schultz em Foxcatcher), Edward Norton (o antagonista de Michael Keaton em Birdman), Ethan Hawke (na jornada em “tempo real” de Boyhood) e Robert Duvall (como o pai que se vê obrigado a ser defendido pelo filho com quem tem conflitos em O juiz).
As duas produções com maior número de indicações, claro, concorrem a melhor filme. O grande hotel Budapeste, que surpreendeu pelo número de quesitos em disputa e Birdman, em seu desafio de contar a história num plano sequência (ainda que interrompido) têm cada um nove chances de levar o prêmio para casa. Boyhood também brinca com o conceito de tempo, tendo sido filmada durante décadas, acompanhando o crescimento real dos atores. A emocionante história do código alemão decifrado na II Guerra por um matemático que acabou preso por ser homossexual dá o tom de O jogo da imitação. A guerra – e seus estragos – também é o mote do Sniper americano, baseado na vida real do SEAL que virou mito no exército americano. Também não ficcionais são a biografia de Stephen Hawking, A teoria de tudo, o drama Selma, sobre a ascensão de Martin Luther King na liderança do movimento negro americano e Whiplash, inspirado na experiência que o diretor e roteirista Damien Chazelle teve estudando bateria na juventude.
Quem leva? Só a madrugada de domingo para 2a feira responderá! E nós estaremos aqui comentando os looks masculinos do red carpet.
