Não é de hoje que a marca francesa comandada por Karl Lagerfeld anda flertando com o universo masculino. Primeiro foi o músico e produtor americano Pharell Williams, em 2012, quando estrelou um dos retratos da exposição “Little Black Jacket”, que rodou o mundo. A peça, originalmente feminina, mas desde sempre inspirada no universo prático dos homens, confeccionada com lã buclê ou tweed desde os tempos de Mademoiselle Chanel, nos anos 20, nunca havia sido vestida assim, publicamente, por um homem.
Pharrell, desde então, já estrelou um curta-metragem da maison e é visto frequentemente com seus colares de pérola da grife, em uma divertida desconstrução da moda de rua que representa e um questionamento sutil, mas sempre presente, sobre as roupas feitas para gêneros definidos.
Depois, monsieur Lagerfeld tem trazido às passarelas, aqui e ali, modelos masculinos, como o neto de Fidel Castro no último desfile resort da grife, que aconteceu em Cuba.
Veio, então, a campanha do Chanel número 5 estrelada por Brad Pitt.
E agora a marca anunciou o lançamento de seus primeiros relógios voltados para os homens, em edição limitada a 300 unidades. Em parceria com a grife Romain Gauthier, foram desenvolvidos dois modelos mecânicos, com complicações que incluem um mostrador de horas saltantes. A Chanel é, inclusive, acionista minoritária da relojoaria suíça. Os novos modelos, da linha Monsieur Chanel, custam cerca de US$35 mil.