Embora seja uma tecnologia recente, as impressoras 3D já são uma realidade para o consumidor comum. Luís Felipe di Mare, sócio da Cool Weaving, empresa de pesquisa e análise de moda sediada em Londres e parceira do 21-Graus, está no Brasil para um ciclo de palestras e apontou que as impressoras 3D representarão a mais significativa mudança no nosso comportamento de consumo, com um impacto possivelmente tão grande quanto a revolução industrial.
Entre as empresas citadas por di Mare está a Shapeways, que criou uma espécie de mercado aberto onde qualquer um comprar e vender objetos criados com impressores 3D. Ele mencionou também Ron Arad, artista plástico e designer israelense, um dos pioneiros no uso de impressoras 3D nas artes – há pouco mais de uma década, impressoras 3D eram usadas apenas na industria na criação de protótipos.
E se engana quem acha que as aplicações se restringem à impressão de objetos simples. Esse ano, o pai de um garoto que nasceu sem os dedos da mão esquerda criou uma mão protética para o filho. Cientistas já conseguiram imprimir minifígados, abrindo caminho para a criação de órgãos sob medida. E o Pirate Bay, principal site de torrents, adicionou a categoria “physibles“, que possibilita aos usuários compartilharem gratuitamente esquemas para a impressão de centenas de objetos, o mais polêmico deles uma arma completamente funcional. No front comercial, já se pode usar a tecnologia para presentear amigos ainda neste natal com um MiniMe da Selfridges.
Ficou animado? Elas ainda estão um pouco caras, mas as impressoras 3D já estão à venda no Brasil. Um admirável mundo novo se abre, e as possibilidades são infinitas.