Acabou ontem o calendário de desfiles da SPFW. Confira aqui o melhor de todas as coleções de moda masculina do São Paulo Fashion Week:
Reserva
A inspiração em “Onde está o Wally” foi o ponto de partida para a Reserva apresentar uma coleção funcional, urbana, com estampas fáceis de combinar e um styling – de David Pollack – repleto de acessórios e sobreposições inteligentes. A explicação é superatual: Wally, na verdade, era um viajante, quase um mochileiro. E o que vestem os mochileiros hoje? Camadas, nem sempre em combinações óbvias, do que está limpo no fundo da mochila. Adoramos!
Samuel Cirnansck
Calças encurtadas, com a barra dobrada e coturnos ou tênis de canos altos. Volumes oversized. Bordados e brocados (sim!) aqui e ali para um toque de glamour. Moletons e flanelas para peças macias e confortáveis. Estampas florais que são pura androginia. A parte masculina do desfile de Samuel Cirnansck, muso das noivas-celebridade, foi esse bem-bolado.
Ratier
Conforto e praticidade foram as palavras-chave do desfile da Ratier, com uma paleta reduzida ao preto e o branco. Acessórios funcionais, modelagens amplas, estamparias gráficas e maxicoletes são os destaques dessa coleção.
Amir Slama
“O público masculino é muito variável. O homem está mais vaidoso e tem espaço para diferentes propostas”, disse Amir Slama ao site FFW. Ele apostou em um bachwear inspirado nos anos 50, com peças desenvolvidas em cetim. Mas achamos ousadia demais para o homem brasileiro. Ao menos nessa leitura literal da passarela. O que será que chegará às lojas, hein?
Cotton Project
Inspirado pelos velhinhos de Higienópolis, por um lado, com conjuntos listrados em estilo pijama, calça de alfaiataria reta em veludo cotelê marrom e peças em tons de mostarda. Por outro lado, a coleção remete aos jovens buscando a cura da ansiedade e esse foi o segundo momento da apresentação, que trouxe tons como verde menta e azul piscina e estampas que brincam com o retorno de saturno.
Ronaldo Fraga
Com um dos desfiles mais comentados da semana – seja pelo cenário, ao ar livre, ao lado da Oca, seja pelo casting inclusivo e superinteressante – Ronaldo Fraga estreou na produção de beachwear. Embora o tema tenha sido uma praia carioca nos anos 20, o estilista usou a tecnologia para criar suas peças. Trata-se de uma costura supersônica, tecnologia usada pela primeira vez em um maiô do nadador Michael Phelps nos Jogos Olímpicos de 2008. Não tem agulha nem linha, a costura é feita pela temperatura. Como era de se esperar, o conceito falou mais alto que o lado comercial, mas vale se inspirar nas estampas e no espírito retrô.
João Pimenta
Nos pés, nada mais que um All Star preto, branco ou vermelho. De resto, uma alfaiataria precisa, volumes oversized, matérias-primas nobres, como linho, viscose, algodão e seda, e estampas gráficas miúdas – sempre na cartela preto-e-branco, com pitadas de vermelho. Foi o que se viu em um dos melhores desfiles de João Pimenta até hoje, em que o ponto de partida foi a dualidade entre o bem e o mal.
Osklen
Partindo da obra de Tarsila do Amaral, Oskar Metsavaht criou peças que lembram uma tela em branco e vão crescendo ao longo da coleção, seja na risca-de-giz inspirada em Oswald de Andrade seja nos próprios quadros da pintora. Coleção artsy e cool como a Osklen sabe ser!
Lino Villaventura
As texturas e técnicas precisas de Lino Villaventura nunca passam despercebidas. Nervuras, frisos, plissados… é isso o que enriquece sua moda. As assimetrias foram o ponto alto da linha masculina, assim como os botões e zíperes decorativos. Uma ótima forma, aliás, de mostrar que você está por dentro das tendências, mas sem grandes ousadias. Vale levar para o guarda-roupa.
Lab Fantasma
Fizemos um post todo dedicado à marca. Clique aqui para ler.