Alexander Wang é um jovem estilista de muito sucesso. Conhecido por desenhar roupas cosmopolitas para homens e mulheres, principalmente na cor preta, vende suas criações para grandes lojas de departamentos , multimarcas pelo mundo e em sua própria.
Recentemente, o designer executou uma jogada de marketing incrível em sua linha mais acessível, a T, com resultados que merecem um estudo antropológico. Seguindo com a constatação do post sobre o filme “Bling ring” no início desta semana, estamos num estágio de inversão de valores tão profundo, com a identidade de cada um depende do que ela pode consumir – e ostentar – que os indivíduos se jogam em armadilhas inconsequentes.
Veja o vídeo da ação, em que centenas de pessoas são convidadas para um evento secreto sem saber o que as espera. Depois de muito tempo em uma fila gigante na porta de um galpão, são informadas de que todas as peças dentro dele estão disponíveis DE GRAÇA para quem conseguir pegá-las.
O resultado é selvageria pura, com pessoas brigando por peças, rastejando atrás de roupas e segurando diversos modelos exatamente iguais como se a sobrevivência da família dependesse disso.
A moda é uma grande indústria, que gera emprego e ajuda a mover a economia mundial. A pergunta é como manter o desejo pelo consumo dentro dos limites da sanidade.