Estivemos na belíssima retrospectiva da artista brasileira em Nova York, Lygia Clark: The Abandonment of Art, 1948-1988, que reúne 300 obras realizadas nesses 40 anos. Com peças de coleções particulares e de outras instituições, como o MAM de São Paulo, além do acervo do próprio MoMA, a exposição está concorridíssima – no meio da semana era grande o volume de visitantes. Entre os colecionadores, vimos várias peças do acervo de Ana Eliza e Olavo Setúbal, Rose e Alfredo Setúbal, Patricia Phelps de Cisneiros, Luiz Paulo Montenegro, Cilda e Sergio Fadel. Destaque para a obra da curadora de arte Vanda Klabin Em si, versão 03.
O trabalho está dividido em três temas chave: o abstrato, o Neo Concretismo e o abandono da arte, cada um marcando uma faceta do trabalho de Lygia Clark. Há uma sala em que se pode interagir com as obras, e vimos pessoas de todas as idades apreciando o trabalho da brasileira. Além da retrospectiva, o MoMA promoveu eventos ao longo do verão com artistas brasileiros inspirados pela obra de Lygia. Por aqui, a Casa do Saber também promove uma palestra sobre a artista com Ferreira Gullar, no próximo dia 29, na sede da Lagoa.
O catálogo da mostra é um luxo à parte, belíssima edição com toda a reverência que Lygia Clark merece.