A pergunta é da bíblia do estilo, a revista inglesa i-D. Afinal, se não precisamos mais estar na primeira fila dos grandes desfiles para saber em segundos quais os seus destaques (e todos os seus detalhes) nem nas calçadas das grandes metrópoles para entender o que se veste nelas, é online que temos o termômetro definitivo de usos, costumes e tendências. Para saber o que o streetstyle está ditando em todo o planeta, não precisamos mais botar o pé nas ruas.
E para uma tendência ser confirmada, ela tem que ser postada. Parece que nada é real se não tiver sido compartilhado, seja em blogs de moda ou contas do Instagram e Facebook. Os trendsetters cada vez mais jovens divulgam via tumblr suas apostas e boards de inspiração, e é online que a troca de informação acontece, inclusive por quem tem a função de captar e explicar para os mortais o que está acontecendo no uiniverso do estilo. Muitas vezes esse é um caminho que começa num quarto de adolescente, passa pelo laptop no home office de um editor e inunda as telas de smartphones e ipads mundo afora. Sem ninguém ter dado um passo sequer no asfalto!
No artigo publicado esta semana, a i-D faz um paralelo com sua própria história, lembrando que começou como um fanzine na Londres do punk e hoje vê a estética do it yourself ser tema de baile de gala no MET de NY. Sem lamentar um eventual enclausuramento (físico) de quem acompanha moda, a revista celebra a explosão criativa – filmes, editoriais de fotografia etc. – que a tecnologia ajudou a democratizar.