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História da moda: Giorgio Armani

Giorgio Armani at Home

Mais do que apenas um designer, esse é um nome que costuma ser associado a uma palavra que vai muito além da moda: império. Exagero? Não se considerarmos que, além de ser o dono de uma das marcas mais poderosas em todo o planeta, Armani também possui restaurantes e hotéis, movimentando bilhões em diversas indústrias, mantendo em todas elas o carimbo de qualidade, luxo e bom gosto.

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A moda não foi a primeira ocupação do italiano de Piacenza, cidade próxima da meca da moda Milão, que cursou dois anos na faculdade de Medicina antes de se mudar para as pranchetas e croquis. Sua entrada no mundo do estilo se deu via a irmã Rosanna, modelo que o apresentou ao que viria ser o seu habitat. De família modesta, o pequeno Giorgio não teve uma infância de luxo, muito pelo contrário. Crescer na Itália na época da II Guerra foi bem pesado, e fugir para o escurinho do cinema era um dos poucos prazeres a que os jovens da região se permitiam. O contato com o glamour hollywoodiano ajudou a acender a chama de um caminho profissional que começou em sua ocupação como vitrinista e, em seguida, comprador.

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Depois de trabalhar como freelancer para outros estilistas, Armani vendeu seu carro e abriu a primeira empresa, inaugurando sua marca em 1975. A coleção de estreia já foi um sucesso, com as características que diferenciaram Armani no mercado presentes desde o início: alfaitaria de qualidade, chique e ao mesmo tempo moderna, clean, com uma modelagem mais ajustada e uma paleta de cores sóbrias e neutras, mais leves. Tudo com muito bom gosto e sem se prender às tendências dominantes na época. Nascia o king of jackets, que tomou de assalto o continente europeu.

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O sucesso nos Estados Unidos demorou um pouco mais a chegar. Foi só quando os ternos Armani começaram a aparecer nos anos 80 em filmes como Gigolô americano, na pele do galã da época Richard Gere, e séries como Miami vice, fenômeno de popularidade, que a América descobriu o designer. Em plena era yuppie, o power suit bem cortado e de cores elegantes se transformou no uniforme dos businessmen mais bem sucedidos e estilosos. Por mais de 30 anos, suas criações estão sempre em destaque nos red carpets mais disputados. E, se algo, der errado em um deles, pior para a celebridade que não soube usar a roupa, como Madonna percebeu na semana passada. Após cair durante a apresentação no Brit Awards usando uma capa pesadíssima do italiano, a diva ainda levou uma alfinetada do estilista, que disse para quem quisesse ouvir que o desenho original da peça fora modificado por exigências dessa “artista difícil”. 

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Visionário, foi um dos primeiros a entrar no ramo das fragrâncias, criando produtos mais acessíveis a fãs da marca sem orçamento para suas roupas mais sofisticadas. Soube crescer com inteligência, mirando na hora certa no mercado oriental e diversificando seus negócios em outros ramos do luxo. A filial em Milão do restaurante Nobu, por exemplo, fica no Armani Hotel. Totalmente relevante e influente aos 80 anos, não dá indícios nem de cansaço nem de acomodação. O mundo da moda agradece.

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