Nem sempre a moda masculina aposta nas estampas: modelagens, coordenação de cores e tecidos acabam sendo as principais variações entre uma coleção e outra. Mas dessa vez foi diferente e, neste verão 2018, marcas importantes se dedicaram ao desdobramento – literal e subjetivo – de uma estamparia criativa e heterogênea.
Observar como as marcas trouxeram as estampas nas passarelas é uma boa aula de como combiná-las em um mesmo look. Quer ver?
A Marni, por exemplo, foi de listras, grafismos, losangos preppy, ilustrações lúdicas e maxiflorais – em uma sequência da coleção de inverno onde as estampas também haviam brilhado, inclusive coordenadas entre si e sobrepostas.
Arabescos, listras de inspiração étnica, logotipos com uma cara pop fizeram o universo fun da Loewe.
O Havaí inspirou os florais da Louis Vuitton, mesmo que em tonalidades sóbrias e com um jeito quase de estamparia digital.
Junto com as proporções oversized, Demna Gvasalia propôs para a Balenciaga estampas tropicais, miniestampas gráficas, listras e pinturas abstratas.
Haider Ackermann flertou com uma moda a-gender (livre de especificação de gênero) e apresentou pois, listras PB de inspiração op art. O desfile provou que o styling pode ser o segredo para começar aos poucos a investir na estamparia: uma meia, um detalhe da camisa aparecendo por baixo da malha ou o forro de um paletó propositalmente aparente podem ser boas soluções.
Por fim, com uma pegada mais artsy, o que se viu no desfile de Neil Barrett foi uma sequência de arte digital aplicada às roupas. Não há outra forma de falar de uma estamparia exclusiva e impactante como essa. Fresh, criativo e superusável para tirar os looks casuais da mesmice.