Num mercado que vem crescendo com cada vez mais variedade, customização e marcas estrangeiras, a joint venture anunciada esta semana entre a brasileiríssima Kopenhagen e a suíça Lindt agitou tanto o mundo dos negócios quanto o apetite dos chocólatras de todo o país.
Queridíssima do público e rainha absoluta por várias gerações, a Kopenhagen sofreu com uma administração familiar não muito eficiente e a chegada nos anos 1990 de um concorrente que abalou sua hegemonia – a Cacau Show. A então novata não teve o menor pudor em se posicionar com um conceito muito semelhante – incluindo produtos, embalagens e ambientação das lojas – ao da “original”. E a estratégia funcionou: o faturamento da Cacau Show em 2013 foi de mais de dois bilhões de reais.
A sociedade com o grupo suíço coroa a volta por cima da Kopenhagen. Após a entrada de uma executiva da família que comprou a marca em 97 com foco no business, a casa da Nhá Benta e da Língua de Gato repaginou os clássicos, que respondem por mais de 50% do seu faturamento e criou opções mais baratas para consumidores da nova classe C. Assim, amplia seu alcance, atingindo diversos públicos.
A concorrente também procura crescer diversificando. A Cacau Show, que começou mais popular, se sofistica com a abertura até o fim do ano de uma loja conceito, nos moldes da Café&Chocolate, braço premium da marca, inaugurada em 2013 no shopping Iguatemi.
Chocólatras assumidos, o time de 21-Graus já começa a sonhar com a Páscoa, que promete ótimas batalhas entre os guerreiros do cacau.