Um dos eventos mais esperados da primavera francesa, o festival chega a sua 68a edição sob o signo do cinema independente. Mesmo com a presença de blockbusters como a nova versão de Mad Max, boa parte dos filmes da seleção oficial e das mostras paralelas são produções mais para alternativas.
Mesmo os que trazem a grife de diretores premiados e estrelas de Hollywood, têm gosto de projeto paralelo, ou no mínimo um descanso da pressão dos filmes de super heróis e cia. Atores como Michael Caine, Tim Roth, John Turturro e Jesse Eisenberg e Vincent Cassel estão em produções que não pretendem bater recordes de bilheteria mas que garantem um prazer de trabalhar a interpretação com outras nuances.
O documentário sobre Amy Winehouse, de Asif Kapadia, o mesmo que dirigiu o filme Senna, sobre o piloto brasileiro, é um dos mais esperados. Em parte pela falta que a cantora, morta precocemente há quatro anos, ainda faz e também pela polêmica envolvendo o pai dela, que vem anunciando aos quatro ventos que a obra é um desrespeito à memória da cantora e sua família. Cate Blanchett também promete causar frisson com Carol, de Todd Haynes, no qual interpreta uma dona de casa dos anos 50 que tem um caso com uma jovem vendedora, na adaptação de um romance de Patricia Highsmith.
Nas primeiras noites do evento, os tapetes vermelhos também chamaram atenção. Os atores têm se mostrado atualizados, respeitando os clássicos mas ousando com modelos mais curtos e com brilho. Já as mulheres parecem estar dando mais destaque às joias do que aos vestidos. Mas a festa ainda está começando, muito ainda pode acontecer na sempre animada Côte d’Azur.