Além dos gols inesquecíveis, dribles desconcertantes e craques do outro mundo, uma das imagens que mais ficam na nossa memória futebolística são os uniformes. As federações de futebol sabem disso muito bem e em diversos casos contratam grandes designers para cuidar do guarda roupa dos seus atletas em competições oficiais. A gente lembra onde estava quando a mão de Deus ajudou o Maradona, quando o Zico perdeu aquele pênalti, o Paolo Rossi nos mandou pra casa, o Pelé socou o ar e o Cafu se declarou pra Regina. E também do laranja arrebatador do carrossel holandês, o branco implacável da Alemanha e nossos bons e maus momentos de amarelo ou azul.
Não foram poucas as mudanças na vestimenta das seleções ao longo do tempo. No início do século passado, o calção era quase uma bermuda, chegando até os joelhos. Não devia ser nada confortável nem prático mas a tecnologia na época só era utilizada para grandes problemas da humanidade, não estava entre as prioridades em tempo de guerras mundiais melhorar a qualidade da roupa esportiva.
Quando Bellini levantou a nossa primeira taça do mundo, em 1958, o cumprimento já tinha subido e a camiseta era menos larga. Imortalizado na estátua que até hoje é referência inclusive geográfica do Maracanã, o galã de nossas avós representava mais do que a força do nosso futebol.
Nos anos 1980 tudo ficou bem justo. Foi uma época inclusive em que muitas mulheres que achavam o esporte bretão insuportável passaram a curtir o futebol. Principalmente o italiano.
Atualmente, os tecidos tecnológicos permitem não só mais conforto para os jogadores como também algumas ousadias estéticas. Será que veremos alguma revolução nos campos daqui?