A chegada foi por “mãos” mais do que nobres. A marca foi trazida ao país por ninguém menos que Ayrton Senna, quando não só sua carreira na F1 estava no auge como também sua imagem atrelada a qualquer produto. A montadora conhecida pela sua precisão e excelência combinava perfeitamente com seu embaixador. Com um conceito de sofisticação sem ostentação, funcionando como complemento do lifestyle de um público exigente.
Nas duas décadas desde a sua chegada, não foram poucas as ações espetaculares para o lançamento de novos produtos. Assim como o show de Gilberto Gil, usuário Audi, que marcou a abertura da megaloja da Oscar Freire na semana passada, a própria chegada do carro no Brasil teve uma surpresa para os convidados do evento de comemoração. Durante a festa, num hangar do aeroporto de Congonhas, Senna anunciou para os três mil convidados que o carro estava aterrisando: apontou para um telão onde se via o pouso de um cargueiro de onde saiu o Audi 80 Cabriolet, levado ao palco por Jô Soares. No ano seguinte, um crash test no sambódromo do Anhembi teve transmissão ao vivo, com exposição do modelo batido e os bonecos-vítima no Salão do Automóvel dias depois.
O sensorial, aliás, está no DNA da marca. Fundada por August Horch em 1899, ela tinha o nome do dono, que em alemão significa audição. Obrigado a rebatizá-la por questões judiciais, não se fez de rogado: traduziu para o latim e deixou a analogia ainda mais universalmente reconhecida. Deficientes visuais trabalham na fábrica analisando via tato e audição detalhes que escapam quando se tem a visão perfeita.