“O desenho é assunto mental, antes de tudo”, diz Elisa Byington, curadora de [mapeamento cognitivo Alfredo], mostra individual de Walmor Corrêa, a exposição que mais chamou minha atenção durante essa última Art Rio, que acabou ontem.
A aposta acertada da galeria Artur Fidalgo foi genial: imagine que o Walmor Corrêa estudou, junto a um neurologista, o sistema límbico. A partir disso, associou personagens a suas características e destacou nos desenhos qual parte de seus cérebros devia ser a mais ativada – devido a essa personalidade. Então, desenhou manualmente uma a uma.
Além disso, associou elementos a ela, como um coração, um charuto e uma bolsa.
Ao comediante Grande Otelo, por exemplo, Walmor creditou qualidades como genialidade, indisciplina, fluência verbal e desinibição. E associou a elas um destaque no córtex orbitofrontal, que coloriu de verde.
O artista estava presente nos dias da mostra e explicava as obras de uma maneira encantadora. Além disso, é um trabalho fora do comum, eu nunca tinha visto nada igual e achei muito instigante. Tanto, que fiz questão de voltar lá e levar uns amigos para verem.
Como diz Elisa Byington, “a poética de Walmor se nutre dessa fronteira onde ciência e imaginação se alimentam mutuamente”. Foi, sem dúvida, o destaque da Art Rio.
2 Comentários
Jadna
Gostei!
Pri Portugal
Fico contente, Jadna! Volte sempre para ver as novidades.