Ir na contramão do fast fashion parece um desafio inglório. Mas não é o que pensa a empresária Adriana Lerner Adelson. Nascida no Brasil, mas residente dos Estados Unidos há mais de 20 anos, ela sempre soube da qualidade dos tecidos especiais exóticos – tanto que colecionava matérias-primas que trazia de suas viagens pela Índia e pelo Nepal. “Sempre que meus amigos me perguntavam ‘Onde você conseguiu isso?’, eu me pegava descrevendo uma lojinha ou uma pequena aldeia desconhecida em algum lugar remoto. Descobrir itens exclusivos ao redor do mundo tornou-se uma paixão, e então eu percebi que aquilo poderia ser algo mais”, explica.
Transformou a paixão em negócio e, em 2015, ainda antes do terremoto que devastou Kathmandu, resolveu fundar a Arrivals Gate. “Assumi o compromisso de distribuir produtos têxteis nativos de alta qualidade para apoiar o comércio local em países em desenvolvimento. O foco inicial foram os xales de cashmere de Kathmandu peças artesanais produzidas utilizando técnicas tradicionais seculares e matérias-primas locais”, lembra Adriana Lerner Adelson. O terremoto só intensificou seu propósito.
Olhar treinado ela já tinha, então foi só entrar em contato com as comunidades e cooperativas locais e fazer suas encomendas – em valores que remunerem de maneira justa os trabalhadores e causem um impacto positivo na região.
Eu descobri toda essa história quando visitei a exposição gratuita “Urban Flow”, em cartaz no Rio Design Leblon até o próximo dia 31. Ela é fruto de uma parceria de Adriana Lerner Adelson com o fotógrafo de moda Eduardo Rezende. São imagens que trazem os xales cheios de movimento em frente a fachadas inusitadas de Miami.
Para comprar as peças slow fashion da Arrivals Gate, visite o site, clicando aqui e para saber mais dessa história, assista a esse vídeo:
